quarta-feira, 25 de abril de 2012

Budo, a saúde psiquica, física e a evolução do Homem


A RESPEITO DO BUDÔ, A SAÚDE PSIQUICA, FÍSICA E A EVOLUÇÃO DO HOMEM. 


Por. Shihan Prof. Marcelo Tadeu Fernandes Silva

A atual característica da humanidade hoje é a percepção da sensação imediata de realização que a tecnologia promove, onde praticamente há 1 século evoluiu, o que durante todo o processo evolutivo do homem em milhares de anos, não obteve.

Uma velocidade correspondente as mais elevadas tendências da física quântica e que traz a humanidade como um todo, uma ideia da possível capacidade de controlar o que estiver tecnologicamente acessível, em um toque de tecla de celular.

O imediatismo impera.

O pêndulo que equilibra e compensa esta tendência e realidade próspera, segundo a mesma física quântica, é a exata a realidade da não realização.
Impera a ansiedade. E com ela o comodismo das mais absurdas formas de tratá-la, ou melhor, escondê-la.

Aparentando-se equilibrado esteticamente na forma de hipertrofias acumuladas e deformadas, correções estéticas amputantes e técnicas e terapias ditas “alternativas”, capazes de dar de um dia para noite a resolução dos conflitos da própria natureza humana. Um caçamba cheia de linhas de Yoga, massagens, meditações, gurus, monges, vindos do oriente distante, como se a compreensão da fundamentação filosófica fosse algo fácil de assimilar para nós ocidentais...

Sorrisos ansiosos, nervosos, e um esforço descomunal em mostrar-se bem...

Não é mais permitido dizer: - Estou triste, amargurado, deprimido...

No Budô, o caminho que utiliza a marcialidade humana vital, secular e genética, como “meio” de integração da totalidade do homem, realiza em si, a possibilidade de através de uma prática física, a percepção das sensações, dos sentimentos, trazendo ao pensamento a concretude do exercício da intuição.

Na prática da arte marcial não há como o indivíduo mentir para si mesmo. A prática é um exercício da realidade mais vital e fundamental para a consciência das potencialidades que envolvem a jornada pessoal de cada um, inevitavelmente,  o conduzirá para o sucesso e para o fracasso.

No Budô não interessa a meta ou o objetivo, mas sim o foco no processo, e que vivenciado o dia a dia, permite ao praticante “sentir-se” humano em sua totalidade. Sem ressalvas e dissimulações.

Uma prática dura, que exige do indivíduo a sinceridade e autenticidade de si mesmo para com o ambiente e com outras as pessoas.

Enfim, sabendo de que a evolução humana, transitou de um princípio horizontal para um princípio vertical, cabe a humanidade por consciência, tendência, ou mesmo necessidade, retornar ao fundo de seu universo mais primitivo, reconhecendo que o externo estético é apenas parte de um todo.  É um retorno à suas origens.

Na criança, como exemplo, ela não estabelece com o objeto uma relação estética somente, mas mergulha no objeto assim como o objeto mergulha na criança...

A criança primitiva e arcaica é podada a realizar seu Budô mais fundamental. O de ser autêntica. Exige-se um postura rigorosamente verticalizada, em busca de metas e objetivos, ensinados pelo mundo adulto, pautada na realidade  a “felicidade” e o sucesso... e o sucesso corresponde a vitória.

A subjetividade e a transitoriedade, não são discutidos ou mesmo percebidos pelo mundo atual, e vemos a educação, a saúde física e mental degringolarem ladeira abaixo por uma sociedade que não aceita a guerra ou a agressividade, mas produz um mundo extremamente desigual e violento.

Na Arte Marcial a guerra e a agressividade são treinadas exaustivamente para serem incorporadas à natureza do praticante, aceitando-a e controlando-a, tornando o indivíduo “senhor de si mesmo”.

Daí uma grande prática para introduzirmos na sociedade, afim de, reconhecer a cada indivíduo como responsável pelo todo.

Gambette kudasai!!!





Blog do Marcelo Silva:  WWW.marcelosilva.kimonosdragao.com.br

 Próximo artigo: O princípio da horizontalidade nas artes marciais e nos esportes de luta 

Nenhum comentário:

Postar um comentário