A RESPEITO DO BUDÔ, A SAÚDE PSIQUICA,
FÍSICA E A EVOLUÇÃO DO HOMEM.
Por. Shihan Prof. Marcelo Tadeu Fernandes Silva
Por. Shihan Prof. Marcelo Tadeu Fernandes Silva
A atual
característica da humanidade hoje é a percepção da sensação imediata de
realização que a tecnologia promove, onde praticamente há 1 século evoluiu, o
que durante todo o processo evolutivo do homem em milhares de anos, não obteve.
Uma velocidade
correspondente as mais elevadas tendências da física quântica e que traz a
humanidade como um todo, uma ideia da possível capacidade de controlar o que
estiver tecnologicamente acessível, em um toque de tecla de celular.
O imediatismo impera.
O pêndulo que
equilibra e compensa esta tendência e realidade próspera, segundo a mesma
física quântica, é a exata a realidade da não realização.
Impera a ansiedade. E
com ela o comodismo das mais absurdas formas de tratá-la, ou melhor, escondê-la.
Aparentando-se
equilibrado esteticamente na forma de hipertrofias acumuladas e deformadas,
correções estéticas amputantes e técnicas e terapias ditas “alternativas”,
capazes de dar de um dia para noite a resolução dos conflitos da própria
natureza humana. Um caçamba cheia de linhas de Yoga, massagens, meditações,
gurus, monges, vindos do oriente distante, como se a compreensão da
fundamentação filosófica fosse algo fácil de assimilar para nós ocidentais...
Sorrisos ansiosos,
nervosos, e um esforço descomunal em mostrar-se bem...
Não é mais permitido
dizer: - Estou triste, amargurado, deprimido...
No Budô, o caminho
que utiliza a marcialidade humana vital, secular e genética, como “meio” de
integração da totalidade do homem, realiza em si, a possibilidade de através de
uma prática física, a percepção das sensações, dos sentimentos, trazendo ao
pensamento a concretude do exercício da intuição.
Na prática da arte
marcial não há como o indivíduo mentir para si mesmo. A prática é um exercício
da realidade mais vital e fundamental para a consciência das potencialidades
que envolvem a jornada pessoal de cada um, inevitavelmente, o conduzirá para o sucesso e para o fracasso.
No Budô não interessa
a meta ou o objetivo, mas sim o foco no processo, e que vivenciado o dia a dia,
permite ao praticante “sentir-se” humano em sua totalidade. Sem ressalvas e
dissimulações.
Uma prática dura, que
exige do indivíduo a sinceridade e autenticidade de si mesmo para com o
ambiente e com outras as pessoas.
Enfim, sabendo de que
a evolução humana, transitou de um princípio horizontal para um princípio
vertical, cabe a humanidade por consciência, tendência, ou mesmo necessidade,
retornar ao fundo de seu universo mais primitivo, reconhecendo que o externo
estético é apenas parte de um todo. É um
retorno à suas origens.
Na criança, como
exemplo, ela não estabelece com o objeto uma relação estética somente, mas
mergulha no objeto assim como o objeto mergulha na criança...
A criança primitiva e
arcaica é podada a realizar seu Budô mais fundamental. O de ser autêntica.
Exige-se um postura rigorosamente verticalizada, em busca de metas e objetivos,
ensinados pelo mundo adulto, pautada na realidade a “felicidade” e o sucesso... e o sucesso
corresponde a vitória.
A subjetividade e a
transitoriedade, não são discutidos ou mesmo percebidos pelo mundo atual, e
vemos a educação, a saúde física e mental degringolarem ladeira abaixo por uma
sociedade que não aceita a guerra ou a agressividade, mas produz um mundo
extremamente desigual e violento.
Na Arte Marcial a
guerra e a agressividade são treinadas exaustivamente para serem incorporadas à
natureza do praticante, aceitando-a e controlando-a, tornando o indivíduo
“senhor de si mesmo”.
Daí uma grande
prática para introduzirmos na sociedade, afim de, reconhecer a cada indivíduo
como responsável pelo todo.
Gambette kudasai!!!
E-mail: marcelotuche55@yahoo.com.br
Blog do Marcelo
Silva: WWW.marcelosilva.kimonosdragao.com.br
Próximo artigo: O princípio da horizontalidade
nas artes marciais e nos esportes de luta
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