sábado, 7 de janeiro de 2012

Ser Guerreiro...

Salve amigos!

Neste momento estou lendo o livro "Paz Guerreira", escrito por Talal Husseini. Talal é brasileiro e é graduado Faixa Preta em Nei Kung.
Aqui,meu foco não é o de indicar o livro para a leitura (até porque ainda não terminei) e sim o de passar par vocês uma passagem do livro, que pelo menos eu considero, possuir grandes ensinamentos sobre o que é ser um Guerreiro no sentido real da palavra.
O texto abaixo é retirado de uma conversa onde Kadriel ( herdeiro legitimo do trono e um ser bem conectado com o coração ) está tendo seus primeiros ensinamentos junto com seu mestre Ravi.

Boa leitura a todos!

Fernando Belatto

Texto:

Nunca lhe havia ocorrido de entender os imperadores ou governantes em geral como guerreiros, pois sempre associara guerreiros à idéia de soldados, batalhas, armas, jamais a paz... Perguntou:

- Mas um guerreiro suportaria todas as tensões que o poder impõe?

- Um guerreiro flutuaria nas Caldas do poder. Seria o canal puro do poder universal.

- Mas não seria facilmente corrompido por ele?

- Não é o poder que corrompe, o poder liberta e ilumina. Quando o homem se corrompe é porque perde o canal do poder e da sabedoria. Um guerreiro sabe disso e luta todos os dias para sacar o véu da ignorância que corrompe o homem. Portanto, onde homens comuns se corrompem o guerreiro resiste...
...As pessoas comuns vêem tudo de forma comum e não sabem como conquistar algo diferente porque estão sempre com a mente no passado ou no futuro. O guerreiro vê tudo de forma especial porque vive o presente. Para um guerreiro, sentar-se, caminhar, toma banho, ver o Sol e as estrelas são sempre atos especiais, porque vive cada momento como se fosse o último. A consciência posicionada no momento presente abre as portas da realidade. Só quem conhece essa realidade tem o verdadeiro poder para governar.

- Digamos que eu pudesse ver o presente, e a realidade se apresenta-se, qual seria o primeiro ensinamento que o poder universal me apresentaria?

- A humildade.

Surpreso com a resposta Kadriel perguntou:
- Mas a humildade não é expressão de caráter servil, baixa elevação, fraqueza?

- Ocorre que este sentido foi retirado do contexto com o passar do tempo. O homem de poder é aquele que serve aos Deuses, aos Mestres de sabedoria, e ante eles, se prostra com baixa elevação, serve com honra, ciente de sua fraqueza ante a força que esta naqueles. Um guerreiro é humilde ante aos Mestres, a cujos pés faz seu juramento de Servir para além de suas forças com senso de dever e com alegria no coração. Perante seus iguais, é forte, determinado e destemido. Isto é o guerreiro:humildade e entrega aos Mestres, e poder ante seus iguais. Porque o mar é tão grandioso, tão profundo e tão poderoso? Porque decidiu ficar pelo menos um pouco abaixo de todos os rios do mundo.

- Então posso tornar-me rapidamente poderoso e invencível por meio da humildade?

- Querer as coisas com rapidez denota vaidade, pois tudo tem seu tempo e ritmo. Ademais, é importante saber em primeiro lugar que o poder não é do homem, e em segundo lugar que vencer não significa exatamente o que você está pensando. Não se vence no aspecto pessoal. Toda a obra deve ter em vista os valores da alma: nobreza, bondade, verdade e justiça. Para isso, a personalidade deve sacrificar-se por inteiro, o que deve primar é o dever, não o querer. A força do desejo e o personalismo nos impulsiona à vaidade. O sacrifício consiste em morrer como pessoa,para humildemente renascer no Eu superior. A morte da personalidade faz brilhar a alma. É preciso aceitar o plano dos Mestres e dos Deuses e esquecer de nós mesmos. Lutar contra tudo que seja falso e ilusório, pois a personalidade quer seu trono. Aceitar o destino e não fugir dos combates que a vida impõe, não fugir nem da vida nem da morte, nem da dor, nem do medo. Um guerreiro é humilde e aceita a morte, uma pessoa comum não.

Nenhum comentário:

Postar um comentário